O frigorífico e Sebastião Maia.
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Vista panorâmica do frigorífico TMaia. (Atual prédio da UNIP) |
Sebastião Ferreira Maia (Tião) nasceu em Passos, MG em 01/01/1.
916. Seus pais foram Maria Ferreira Maia e Braulino (Lico) Maia. Até os
dezesseis anos de idade, ele morou e trabalhou no sítio paterno de 200
alqueires, que ficava nesse município; aprendeu nesse tempo toda a lida do
gado. Algum tempo depois, decidiu deixar a casa paterna e, contra a vontade do
pai, foi para Barretos, SP, em 1.937 ou 1.938.
Depois de seis anos em Barretos, com 32 anos de idade, comprou
um pedaço de terra em Araçatuba, no Córrego Azul, trazendo 32 peões pagos por
dia. Ele e os peões foram atacados pela maleita.
Era o tempo da segunda guerra mundial e havia racionamento
de petróleo. Maia vendia madeira para a NOB (Estrada de Ferro Noroeste do
Brasil) e plantava capim no lugar da madeira cortada; trabalhou nisto por oito
anos.
Com trinta anos de idade, associou-se a Antenor Duarte
Villela. Chegaram a ter duas fazendas de gado com 10.000 cabeças e muitos
empregados.
Quando já possuía uma plantação razoável (era o fim da
década de quarenta), iniciou os trabalhos para construir o frigorifico que
seria o TMaia. Ele conta que fez uma reunião com pecuaristas de Araçatuba,
falou do futuro frigorífico e abriu uma subscrição de capital: riram e saíram da
sala.
O frigorífico acabou saindo só em 1.952 com a sociedade
entre Maia, Villela e Quintiliano, como vimos; e começou sua produção em 1.957.
O TMaia tomou vulto e deixou os pecuaristas araçatubenses
admirados; ao mesmo tempo, ou em consequência, esses pecuaristas compreenderam
as vantagens econômicas do empreendimento industrial e passaram a fornecer a
matéria prima indispensável: os bois.
Sebastião Maia tornou-se riquíssimo e passou a ter transito livre em todo o setor de produção e venda de carne no Brasil e no exterior. Fez amizade empresarial com pessoas importantes da nação, com Juscelino Kubitschek de oliveira, João Goulart e Tancredo Neves.
(BODSTEIN, Odete Costa; PINHEIRO, Célio."Histórias de Araçatuba", 1997, p349-351)
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