Extraído do livro "A verdadeira História de Araçatuba"
Autor - Fabriciano Juncal
Em princípios de 1927 o Coronel Gulherme de Sousa chamou-me à sua residência, onde já se encontrava Basílio Tavares, o Coronel Francisco Correia e outros. Haviam eles resolvido que eu deveria prender o prefeito José Gomes do Amaral e todos os vereadores cuja eleição fora fraude. A idéia era de que, uma vez presos, renunciassem eles a seus cargos, passando-os aos seus legítimos donos. A isso me recusei, respondendo-lhes que renunciaria ao exercício do cargo de delegado e o passaria ao Quinzote, meu suplente e empregado do Coronel Guilherme, que não hesitaria em atende-los. E foi o que fiz, alguns dias depois. Quinzote prendeu todo o pessoal que partipara do cambalacho eleitoral. Obrigaram o juiz a lavrar uma nova ata dando posse aos eleitos, companheiros do Coronel Guilherme. No decorrer dos acertos, o carcereiro Guilherme Marques Prazeres ofendeu fisicamente o prefeito José Gomes do Amaral, proeza que lhe custaria a vida, como adiante se verá. Conseguida a renúncia dos usurpadores e a posse dos legítimos donos do poder, foram todos postos em liberdade.
Apenas alguns dias se passam, antes que o revide chegue. Quinzinho Ferreira, Jagunço mor do Coronel Toledo, destaca dois elementos, Odorico Barbosa Lima e Antônio Martins, facínoras de profissão, para que eliminem o carcereiro Gulherme.
Nenhum comentário:
Postar um comentário